Cerca de 10 mil pessoas provaram carnes de várias partes do mundo com um toque oliveirense. A segunda edição do Brazilian BBQ Festival, realizada na cidade de Paredes, contou com o patrocínio da empresa sediada em Ul, Ibero Massa Florestal, criadora da marca Carvão Zero.
Mudar mentalidades não tem sido tarefa fácil para a empresa ulense, mas quem experimenta o seu novo conceito de carvão zero, diz não querer mudar. É o caso de um dos responsáveis pelo evento internacional que trouxe a Portugal chefs churrasqueiros de várias partes do mundo e presidente da Associação Portuguesa de Churrasqueiros, Samuel Barros.
O carvão oliveirense esteve nas grelhas de alguns dos principais mestres mundiais de churrasco e Samuel Barros conta, em entrevista à Azeméis FM/TV, que a experiência foi “fantástica”. Entre as vantagens, o especialista explica tratar-se de um produto “muito leve, que não faz fumo, é muito saudável e não solta aromas na carne”. E continua: “O carvão tem uma potência de calor muito grande", o que para nós, profissionais, é importante porque assim não temos de estar sempre a colocar carvão e o carvão zero é muito bom uma vez que faz uma brasa uniforme, tem uma temperatura constante e potência de calor, que é o que precisamos para um bom churrasco”. O facto de não ter de esperar cerca de uma hora para o carvão arder e eliminar os odores de alcatrão é outra das vantagens mencionadas por Samuel Barros.
A ideia de criar um carvão mais saudável, ecológico, com zero toxinas, seguro e mais rápido nasceu em meados de 2010 pela “carolice de alguns engenheiros”, recorda o administrador da empresa, Fernando Rocha. O trabalho resultou num processo inovador no fabrico de carvão, que se traduz na eliminação da composição tóxica presente neste material através da queima de madeira. Depois de o gás da biomassa estar queimado, o processo entra em regressão e arrefece de forma natural, sem oxigénio, o que permite o surgimento de um carvão mais leve. “Somos pioneiros e essa particularidade já ninguém nos tira”, defende Fernando Rocha.
No caminho que começaram a trilhar, o administrador explica que muita coisa já mudou, sobretudo na embalagem do seu produto. “Temos um saco branco, comunicamos mais brio, mais limpeza e mais pureza”, refere. Outra das alterações é que o carvão zero não é vendido ao quilo mas sim por volume. O motivo é claro. “É para que as pessoas percebam que no mesmo grelhador onde colocam dois ou três quilos de carvão tradicional, vão ocupar a mesma área com um quilo e meio”, esclarece Fernando Rocha.
No final, a marca defende que os grelhados vão contar com carvão mais duradouro, o que significa menos desperdício e maior rentabilidade.